A Águia Majestosa atravessou o mar e foi buscar em terras angolanas a inspiração para a décima conquista de sua trajetória. Nkisi Samba Kalunga!
Em sua 35ª apresentação na Passarela do Samba Santista, a União Imperial obteve desempenho máximo – arrebatou os 180 pontos possíveis – e trouxe o caneco para o Marapé.
Uma vitória conquistada com muita raça, para lavar a alma da Nação Imperial. Afinal, há alguns anos a escola vinha esfregando as mãos, especialmente em 2015 e 2016, mas não viu seu bom desempenho na pista ser traduzido em notas, apesar do reconhecimento da imprensa e do público.
Desta vez foi diferente.
O desfile das escolas de samba do Grupo Especial de Santos aconteceu na noite de 3 de fevereiro e contou com 8 agremiações. A apuração foi realizada no teatro Braz Cubas, três dias depois. E consagrou “NKISI Samba Kalunga, a saga do meu batuque”, enredo desenvolvido pelo carnavalesco Renan Ribeiro, em seu segundo trabalho pela escola.
A escola contou com 1,3 mil componentes distribuídos em 13 alas, além de três alegorias e um tripé para contar a origem dos primeiros batuques na Baixada Santista. Dos rituais africanos à formação dos quilombos na região, passando pelos blocos, os grandes mestres e a fundação da própria União Imperial.
O resultado, por sinal, conquistou jurados e público: a escola também venceu o “Estandarte Unisanta”, sendo escolhida a “Melhor Escola do Grupo Especial” pelos telespectadores da TV Santa Cecília, que transmitiu o desfile ao vivo para toda Baixada Santista.